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CULTURA SANTANENSE

Elementos ricos povoam a imaginação do povo santanense. Não podemos perder nada, tudo deve ser REGISTRADO

sábado, 30 de abril de 2011

Produções da Terra Parte O3

Celibato: Muitos contestam e outros aprovam
(Micaele da Silva Elias)
  É de conhecimento geral que o aborto é um fato polêmico, por ser uma lei que se refere aos padres não poderem se casar, e isso gera diversas opiniões, onde muitas pessoas contestam e outras aprovam.
  A Igreja em sua posição, aprova o celibato porque na opinião dos religiosos o padre só deve ter tempo para a comunidade e para Deus, já que se ele chegar à se casar e ter filhos, além da Igreja ter mais gastos, o padre ainda pode se desligar das obras, pelo fato dele ter que dar a sua atenção não somente à vida religiosa, mas também a esposa e filhos.
 Mas ainda existe outra opinião referente ao celibato, onde muitas pessoas não são à favor desta lei e contestam, alegando que essa pode ser causadora da pedofilia, que ultimamente tem si intensificado entre sacerdotes e coroinhas por exemplo. Ainda há quem afirme que o padre tem o direito de viver sua vida sexual e amorosa, formar uma família e ser feliz.
 Por fim, com os argumentos apresentados, podemos concluir que uma solução para o celibato enquanto problema, poderia ser permitir que os padres se casem, e mesmo que a Igreja tivesse mais gastos, isso diminuiria os casos de pedofilia cometidos por sacerdostes. Mesmo tomando esta medida, a Igreja não concordaria tão fácil com o fim do celibato, e é isto que torna esta lei um fato tão polêmico e discutido.

Produções da Terra Parte O2

CELIBATO CAUSA POLÊMICA SOCIAL
(Karine Maria Lima Lopes)
 É notório que o celibato gera debates e questionamentos contrários, causando polêmicas na sociedade. Muitas pessoas são á favor dessa lei e já outros são contra, ocasionando conflitos até os dias atuais. A religião defende que ele seja cumprido, enquanto outros segmentos da sociedade não são favoráveis á essa mesma idéia.
 A religião pensa que o celibato deve ser cumprido pelos padres, pois já que optaram por esse caminho são proibidos de demonstrarem interesse sexual por uma mulher, ou de namoraram, levando como justificativa o fato de que se trabalham ou vivem para a Igreja, para a mesma devem servir, não tendo o direito de se unir e formar uma família com alguém. Caso isto aconteça, a lei deixaria de ser cumprida.
 Porém, essa idéia é bastante diferente da defendida pelas pessoas da sociedade em geral, que acreditam que esta lei é totalmente errada, por que se os pastores se casam formando uma família, porque os padres não poderiam se casar, se ambos podem ter os mesmos direitos?
  Como resultado final dos argumentos apresentados podemos concluir que o celibato é uma polêmica causada pelos diferentes pontos de vistas, onde atribuímos como solução para esse problema, que os padres pudessem se casar, apesar da parcela conservadora e religiosa ser contra, o que talvez firme o celibato como uma questão conflituosa e muito difícil de ser resolvida.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

SEMANA SANTA #02

A Semana Santa trouxe algumas novidades esse ano. Hoje ocorreu a Via-Sacra, a qual ficou por responsabilidade da juventude. Ao fim da caminhada relembrando o sacrifício de Jesus Cristo, houve algumas dinâmicas no espaço cedido na casa de Dona Inês Amélia da Costa, no Bairro São Gonçalo, seguidas por um lanche e depois foi assistido o filme Paixão de Cristo, dirigido por Mel Gibson.

PADRE JOSÉ AIRES NETO














Padre José Aires Neto, mais conhecido como Padre Aires, é um santanense que foi fazer história em São Miguel-RN.
Nascido no sítio Paul em 28 de outubro de 1918, filho de Romana Aires e Tertuliano Aires Primo, José Aires N. se ordenou padre no dia 03 de dezembro de 1944, na cidade de Martins pelo bispo D. João Batista Portocarrero Costa.
Em São Miguel foi vigário de 1946 a 1951, e depois até 1982, após permanecer apenas nove meses em Apodi.
Ficou bastante conhecido na cidade micaelense pelo grande tempo de serviço prestado.
Faleceu no dia 21 de dezembro de 1982.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

ARRAIÁ 2011

Esse ano a festa junina promete. As bandas são ótimas e algumas apresentações culturais incrementam a programação. O Festival de Repentistas da Terra está na sua Quarta Edição, e vem sempre mantendo a cultura popular do repente. O São João da Educação é outro ponto de destaque que também excede as expectativas todo ano. Enfim, preparem-se para uma cobertura com fotos e reportagens sobre temáticas culturais e religiosas que fazem parte do acervo da cidade e da memória de cada um de nós.

SEMANA SANTA

A semana santa na cidade de Riacho de Santana sempre é repleta de elementos culturais.
Ontem houve uma Celebração Penitencial, com o Seminarista responsável. Aconteceu antes uma pequena procissão, a qual deveria ter sido dividida em duas alas: a ala feminina e a ala masculina. No entanto, não tinham homens suficientes e tivemos que juntar os dois públicos.
Outro fator cultural é a Malhação de Judas. É incrível como essa atividade cultura insiste em permanecer na cidade, mesmo com o advento de tecnologias como a internet e a TV. Acabou de passar aqui em casa um grupo bem infantil, mas criativo, com fantasias bastante interessantes.
Já amanhã haverá a apresentação do Grupo Tesga, teatro de Natal, com a representação da Paixão de Cristo.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

RELEMBRANDO O PASSADO SANTANENSE#02

RIACHO DE SANTANA (1930 - 1948)
A partir de 1930 se iniciou uma consolidação do povoamento nas terras santanenses. Começava a se formar uma unidade territorial em torno do nome Riacho de Santana. Fazia três anos que o terror por causa do temido grupo de Lampião, o qual acreditava-se estar passando pelo sítio Poço da Pedra, mas já estava em Mossoró, então a paz "reinava".
Em 1936 o Padre Militão Benedito de Mendonça assumia a paróquia de Pau dos Ferros, e, a partir de então iniciava-se um processo de abertura de portas para Riacho de Santana, pois este sacerdote iniciou uma atividade de expansão da fé católica na região, lançando a idéia pioneira da construção de capelas em regiões como o nosso atual município. Desde esta data começaram reuniões para acertar as questões sobre a construção da capela. Dona Alexandrina Cajé apresentou-se para doar o terreno, enquanto Manoel Vicente de Fontes e Amadeu Rocha foram os gerenciadores dos gastos da construção. A planta da capela foi traga de Felipe Guerra - RN, e era um modelo da ermida da referida cidade. Os pedreiros iniciaram os trabalhos em 1937, e o terreno doado - que eram quatro tarefas de terra - serviu para erguer também o povoado. Os pedreiros que atuaram na construção da capela foram Francisco Cajé, Silvino Lagôa, Francisco Turbano e muitos outros. A princípio o trabalho maior foi limpar toda a área em que hoje se encontra a capela, a qual era um matagal cheio de pedregulhos. No exato local onde hoje está o templo, havia uma aroeira, que derrubaram para erguer a capela e consequentemente o povoado. Enquanto a obra não era concluída, as missas eram realizadas nas casas de Maria Alexandrina da Conceição - Alexandrina Cajé, e Maria Alexandrina da Conceição - Maria Ludgera, além de batizados e casamentos.
A conclusão da obra foi em 1940, ano no qual assumiu a paróquia pauferrense o Padre Manoel Caminha Freire de Andrade.
O povoado, de existência concreta desde 16 de janeiro de 1935, passou a condição de distrito em dezembro de 1948, iniciando-se um novo processo político que resultou no surgimento dos primeiros centros educativos e comerciais da vila.

domingo, 3 de abril de 2011

AÇUDE GANGORRA TÃOIMPORTANTE PARA A HISTÓRIA DA CIDADE SANTANENSE, COMEÇA A SANGRAR

O açude Santana, conhecido como Açude da Gangorra, começou a sangrar no dia 09 de Março.
Talvez poucas pessoas saibam, mas a construção desse açude teve vital
importância para a história do Sítio Pau D'arco, pois foi sua construção, em 1908, que favoreceu a povoação do local hoje conhecido como Sítio Pau D'arco. Segundo relatos do senhor Antônio Ciriaco Sobrinho, a primeira sangria do açude foi em Março de 1910. Coincidentemente a primeira sangria deste ano ocorre cento e um anos após a primeira do século passado, e no mesmo mês.




Fonte da foto: portalrafaelfernandes.com

RELEMBRANDO O PASSADO SANTANENSE#01

RIACHO DE SANTANA (1820 - 1930)

Os alicerces da povoação do município de Riacho de Santana surgem através de fatos intimamente relacionados com o próprio contexto da época,situada no século XVIII. A expansão da pecuária e a ação dos bandeirantes davam origem à descoberta de novos locais propícios a ocupação humana. As chamadas trilhas do gado abriam os caminhos para essas terras, e os comboieiros levavam o gado destinando-se ao sertão nordestino, advindos do alto São Francisco. As terras que hoje fazem parte do município santanense, se distribuem ao longo do Rio Santana, cujo curso se estende por 48 km, desde a nascente no município de Luiz Gomes, até a desembocadura na Fazenda Cacimbas, Apodi. No vale deste rio veio o seio de uma nova cidade. A fertilidade das terras ao redor do Rio Santana, cheias de córregos e pequenos riachos afluentes, atraía olhares para desenvolvimento de atividades agrícolas e pecuárias.
PRIMEIROS INDÍCIOS DE POVOAMENTO FIXO NA REGIÃO.As primeiras propriedades que perfazem a área atual do município eram de famílias abastadas da região. O primeiro a receber terras e ser donatário aqui foi o Capitão Joaquim Antônio de Carvalho, patriarca da família Felipe e muitas outras. Joaquim Antônio nasceu em 1820 e morreu em 1920, faltando quatro dias para completar 100 anos. Um de seus filhos era José Antônio de Carvalho, dono da maior parte das terras do sítio Paul. José Antônio tinha como herdeiros Pedro Felipe, João Felipe, Francisco Felipe e Cosme Felipe. Este último fez enlace matrimonial com Joana Florentina da Conceição, filha do senhor Vicente Aires Afonso e de Dona Florentina Maria, do sítio Lagoa Redonda, e que juntamente com sua família, se estabeleceram no sítio Paul: os filhos Marcos Aires Afonso, Francisco Aires Afonso, José Aires Afonso, Miguel Aires Afonso, Manoel Aires Afonso, Tertuliano Aires Afonso, Pedro Aires Afonso, Josefa Florentina, Umbelina Florentina da Conceição, Joaquim Aires Afonso, Maria Aires e Rosa Aires. No sítio Paul também haviam terras pertencentes à família Soares, onde Joaquim Soares do Nascimento é o mais antigo patriarca que se tem nota. Este era casado com Antônia Soares, e pai de treze filhos. Também povoou este sítio, a família dos descendentes de Rufino Cardoso, que apesar de não ter morado no sítio Paul, teve seus filhos Antônio Lopes Cardoso, que foi casado com duas irmãs: Maria Cirila e Ana Cirila, netas de Joaquim Antônio de Carvalho; e Manoel Lopes Cardoso, ambos naturais do sítio Cacimbas, na região atual de Marcelino Vieira, residindo e formando uma grande família lá, bem como os Galdino e os descendentes de Antônio Cego. Outras terras pertenciam a posseiros, que mansa e pacificamente se apropriavam de terrenos aparentemente sem dono. Desta forma, podemos identificar alguns proprietários já em meados do século 19, como Joaquim Ferreira Nunes, nos sítios Quintas, Poço da Pedra, Taboleiro do Padre e Caiçara (ambas as comunidades são pertencentes ao município de Riacho de Santana). Joaquim Ferreira Nunes era casado com Ana Ferreira Nunes, com a qual teve, dentre outros, alguns filhos: Sátiro Ferreira Nunes, Manoel Ferreira Nunes, Antônio Ferreira Nunes e Maria José Ferreira Nunes. Sátiro, casado com Cláudia Cavalcanti, morou no Poço da Pedra com a família, seus filhos Israel Ferreira Nunes – advogado e político estadual – Lycurgo Ferreira Nunes – Advogado e  político – Erundina Ferreira Nunes, casada com João Fernandes Dantas, e Maria Ferreira Nunes, casada com José Euclides Fernandes. Além de outros, que não tiveram relação com a história de Riacho de Santana. Maria José Ferreira deu origem a outro ramo da família, os Barbosa. Casada com Joaquim Bernardo de Lima, sendo mãe de Manoel Joaquim de Lima, conhecido como Manoel de Quinco. Na família também havia Francisco Barbosa de Lima, casado com Maria Cassimira de Jesus, e pai de Manoel Francisco de Lima, mais identificado com Manoel Chico. Ambos os ramos familiares tinha base no Poço da Pedra, onde detinham grande parte das terras. O marco mais antigo da estadia da família em terras santanenses é uma casa, construída em 1846, por Antônio Barbosa Cavalcante, membro ligado aos Barbosa, dono de propriedades nos sítios Salobro e Oliveira, município de Luís Gomes. A casa permaneceu em seu poder até por volta de 1885, quando foi comprada por José Alexandre da Silva, natural do Arapuá (atualmente Vila Major Filipe - RN) que se instalou na respectiva moradia em 1888, quando se casou com Maria Raimunda da Conceição, filha de Vitória, atual Marcelino Vieira – RN. O casal tinha ao todo sete filhos, sendo um homem, Raimundo Alexandre da Silva, e seis mulheres: Francisca Maria de Jesus, Antônia Maria de Jesus, Hermina Maria de Jesus, Cristina Maria de Jesus, Regina Maria de Jesus e Isabel Maria de Jesus. Além desta edificação, que conta hoje com 164 anos de existência, o Poço da Pedra conta com outro registro da passagem da família Barbosa como pioneira, uma residência que era de Francisco Barbosa de Lima, e igualmente resiste ao tempo, aos 144 anos de sua construção, já que foi construída em 1866.
A maior parte dos contingentes populacionais posteriores as famílias donas destas propriedades se formaram com ondas migratórias advindas de diversas partes da região a partir de 1877, em virtude da seca que assolava o Nordeste. Até a primeira década do século XX, ainda haviam famílias chegando a região do Rio Santana e se adaptando ao novo local.
A região subsequente a os sítios Paul e Poço da Pedra, conhecida como setor de cima, é mais privilegiada pelos benefícios do Rio. A toponímia do sítio Paul provém da grande quantidade de adubo encontrada após as enchentes, e o Poço da Pedra recebe essa denominação por causa de uma volta no Rio Santana, nas propriedades da família Quinco, onde se encontrava um grande poço, com uma pedra dentro dele. Os sítios Gameleira e Catingueira tinham como base populacional ramos familiares do Poço da Pedra, como a família Pereira (do patriarca José Pereira e filhos Sebastião Pereira, Silvino Pereira, Antônio Pereira e Francisco Pereira) e a família Nunes. Nas duas localidades, a denominação se atribuiu às matas nativas presentes. Já os sítios Taboleiro do Padre e Caiçara tiveram a presença das famílias Elias, Justino e Silivano, como primeiros indícios de uma comunidade. Diz-se que o nome Taboleiro do Padre deriva da ação do Padre Militão, e a denominação Caiçara provém das cercas de pau-a-pique construídas no início da povoação. Há ainda o sítio Quintas, mais distante desse complexo, que teve como pioneiros a família Quinco, e a família Fernandes, de Antônio Fernandes Cavalcante e Maria Fernandes Cavalcante.
Entre essa região já apresentada, e o chamado “setor de baixo”, do qual faria parte o Alto dos Bernardinos, está os atuais bairros Centro e Vale do Santana.
O Centro Urbano atual correspondia à terras que até meados de 1910, pertenciam ao senhor Manoel de Supriano. Neste ano, a família de Manoel Cajé da Silva, casado com Maria Alexandrina da Conceição, saída do sítio Cajé, na serra do Garrancho (atual município de Poço Dantas PB), comprou a Manoel de Supriano, por 900 réis,
uma propriedade com uma légua de comprimento, sendo meia légua (cerca de 3300 metros) a cada margem do Rio Santana, e aproximadamente 500 metros de largura. A referida propriedade se localizava, portanto, entre duas serras. Nesta propriedade, Manoel Cajé, que era pedreiro e carpinteiro, construiu uma enorme casa onde morou com seus filhos, sendo que já era viúvo, e sua esposa também. Bem próximo ao Centro Urbano está atualmente o sítio Santo Antônio, que recebe essa denominação por causa da devoção de um dos primeiros proprietários, Cesário Lopes de Queiroz, ao referido santo. Várias famílias moravam no lugar, como José Cajé, já casado com Umbelina Florentina; Josefa Florentina, casada com João Santos; Antônia Soares veio também depois, morar nessa região.
O chamado Sítio Junco, atual bairro Vale do Santana, tem como alicerce principal a família Gabriel, pioneira na região. Antônio Gabriel de Melo e Maria Fernandes de Lima eram provenientes de Alexandria, e possuíam a fazenda Junco, uma edificação que até hoje está de pé, e além de muitas terras, contava com uma casa grande, um engenho e um pequeno açude. Lá moraram Antônio, Maria e seus filhos. No ano de 1918, por causa da seca que assolava duramente a região, Antônio Gabriel teve que vender a fazenda a Manoel Vicente de Fontes, e se deslocou para o sítio Lagoa de Pedras. Manoel Vicente de Fontes era do sítio Pejuaba, atual município de José da Penha e se mudou para a fazenda no ano de 1926. Casado com Júlia Emília de Fontes, era pai de muitos filhos, porém apenas alguns prosseguiram vivendo em Riacho de Santana: Davina de Fontes Lopes, Matilde Fontes Ferreira, Vicente de Fontes e Antônio Martins de Fontes.
O chamado “setor de baixo” se inicia após o Alto dos Bernardinos, reconhecido oficialmente como Bairro São Gonçalo. A região é conhecida como Alto dos Bernardinos em decorrência do clã pioneiro naquelas terras. O casal Bernardino Ferreira de Lima e Alexandrina do Espírito Santo, construiu uma pequena casa numa “quadra de terras, próxima ao sítio Lagoa de Pedras, limitando-se pelo Oeste, com a estrada carroçável que vai de Riacho de Santana a Água Nova; e pelo Norte com as propriedades de João José Gonçalves.”(FORMAL DE PARTILHA DOS BENS DE JOÃO BERNARDINO DE LIMA) O desenvolvimento gradativo deste região se deu com os filhos do primeiro casal, João Bernardino de Lima, Adauto Bernardino de Lima, Manoel Avelino Ferreira de Lima, e Antônia Alexandrina (que faleceu, mas seu esposo Esperidião João da Costa prosseguiu morando no Alto). Os demais irmãos (Francisco Bernardino, Maria Natividade, e Maria Alexandrina) moravam em São Sebastião – RN.
O setor de baixo corresponde aos sítios Pau D'Arco, Sobradinho, Muquém e Caeiras, além dos sítios Baixa do Arroz e Catolezinho, que são um pouco mais distantes.
A família Ciríaco, cujo patriarca era João Ciríaco da Costa, juntamente com a família de Pedro Viana do Nascimento e Mariana Viana do Nascimento, chegaram em I877 à uma região santanense rica em mata nativa de pau d'Arco, dando assim o nome de Pau D'Arco à nova localidade. Outros primeiros habitantes da região foram Manoel Faustino da Silva e Maria Rosa da Conceição; João Mariano; e Antônio Pereira. O sítio Pau D'Arco alcançou significativo desenvolvimento agrícola ainda na primeira década do século XX, pois em 1908, com a construção do Açude Santana, no sítio vizinho Gangorra, atual município de Rafael Fernandes, aumentou-se a produção de fumo, batata, e alimentos; e em 1911, surge a atividade do plantio da cana-de-açúcar, através de João Ciríaco. Esta última se intensificou mais ainda com a construção de um engenho em 1918, também por João Ciríaco. Próximo ao sítio Pau D'Arco desenvolveu-se outra história local, onde Laurentino Alves da Costa, casado com Raimunda Bernarda, era um dos maiores proprietários de terra, ao lado de João Romão (que não residia na localidade)e Sebastião José de Oliveira – patriarca da família Monteiro. Por uma disputa por terras, Laurentino Alves foi assassinado por João Romão, deixando os filhos órfãos. A fazenda da família, que resiste ao tempo até hoje, servia de referência para a localidade, sendo a mesma conhecida por sítio Sobradinho. Ainda próximo a essas regiões também banhadas pelo Rio Santana, haviam as propriedades de João Luís Pereira, atualmente sítio Muquém, e as dos irmãos Francisco Alves Pereira, José Herculano do Nascimento, Pedro Herculano, Manoel Alves Pereira, Silvestre Alves Pereira e Antônio Alves, hoje sítio Caeira, cujo nome, presume-se derivar dos fogos de caeira que haviam na região.
Conforme foi mencionado, o sítio Lagoa de Pedras é vizinho ao Alto dos Bernardinos. As primeiras terras desse sítio pertenciam ás pioneiras famílias da região. João José Gonçalves e Maria Alexandrina da Conceição, que eram pais de uma numerosa prole,  foram um dos primeiros. Outro grande proprietário era Albino Fernandes de Bessa, casado duas vezes, respectivamente, com Ana Maria da Conceição e Carolinda Maria da Conceição. Pai de quatro filhos do primeiro casamento: José Albino Fernandes, João Albino, Antônio Albino e Manoel Albino, o senhor Albino era dono de “uma  propriedade cercada de madeira e com outra parte ainda em campo, nessa havia duas casas velhas de taipa e talha - herança da mãe Antônia Varela dos Santos; havia mais uma parte de terra apossada mansa e pacificamente, encravada no sítio, vizinha às propriedades de João Joaquim do Nascimento e de João Ludgero; e uma parte de terra denominada Caruá, que se constitui em regiões de caatinga, cercadas de madeira.” (FORMAL DE PARTILHA DOS BENS DE ALBINO FERNANDES DE BESSA). Dentre outros proprietários, haviam também Manoel Pedro do Nascimento.
O sítio Catolezinho tinha como primeiros habitantes os membros da família Canuto. A Baixa do Arroz era um emaranhado de terras bastante boas para o plantio de arroz, na sua maioria, propriedade da família Ferreira: Raimundo Ferreira da Costa e Dona Marcionila eram pais de Ozeias Ferreira, Antônio Ferreira, Horácio Ferreira, Raimundo Ferreira, e Manoel Ferreira.

sábado, 2 de abril de 2011

UM LUGAR CHAMADO LAGOA DE PEDRAS

Este lugar chamado Lagoa de Pedras localiza-se na zona rural do município de Luís Gomes. A importância deste local para mim é que foi aí que nasceu meu avô José Bento de Sousa e meu pai José Laécio de Sousa - Laécio Bento - bem como seus irmãos: Aécio Bento e meu padrinho José Vandaécio de Sousa.




Casa onde moravam meus avós e meu pai e tios,no sítio Lagoa de Pedras.

UM POUCO DE HISTÓRIA
O sítio Lagoa de Pedras do município de Luís Gomes recebeu a presença da famíilia Bento em 1914, quando Antônio Bento Dias e Umbelina Maria da Conceição compraram um terreno. Em 1915, por ocasião da seca, eles e seus cinco filhos: João Bento Dias, José Bento Dias, Cirilo Bento Dias - meu bisavô - Maria Bento e Joana Bento, se mudaram para o sítio.
Meu bisavô casou-se com minha bisavó Maria Natividade em 1940. Meu avô nasceu em 1950.
Mas, porque falar de um sítio luisgomense num "Blog do Riacho".
Bem, já que meu avô foi um dos primeiros violeiros da cidade, e meu pai e meus tios foram os primeiros locutores de rádio, achei interessante postar um pouco sobre a saga deles desde Luís Gomes.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Últimos versos

Estes foram alguns dos meus últimos versos...

NO COMÉRCIO DA FÉ JESUS NÃO PASSA
DE UM PRODUTO VENDIDO A PRESTAÇÃO
Igualmente aos judeus em suas tendas
Praticando o seu vil nercantilismo
Acabando com a fé em um abismo
Negociando Jesus em suas vendas
Gostaria de fazer com que entendas
A sujeira desta má corrupção
Comprar fé é vender o coração
Esta sim é uma prática tão devassa
No comércio da fé Jesus não passa
De um produto vendido à prestação.


Estão contidos no meu trabalho "Resquícios de um Eu perdido", com poesias, contos, crônicas e textos jornalísticos.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

DANÇA DO REISADO

A dança do reisado mistura elementos de duas artes - a dança e o teatro. A encenação de uma história ao lado do marcante passo dos dançarinos, fantasiados de muitos coisas, faz uma das manifestações culturais mais importantes da cultura nordestina.
Essa foto é do grupo de Reisado do sítio Pau D'arco, organizado pelo senhor Antônio Ciríaco, e que atualmente encontra-se quase desativado.
As cantigas são variadas, como a da Burrinha:
"Dança Dança minha burra, na flor do mameleiro
E bota sorte no meu amo, que ele é rico e tem dinheiro."

sábado, 29 de janeiro de 2011

ÁRVORE "OBOÃ" EXIBE LUXO EM SUA SIMPLICIDADE

 
Estas fotos foram tiradas pelo meu primo Felipe Fernandes, no pé de oboão da casa da minha avó Maria Antônia.
Diz a lenda que se o pé de oboã morrer, quem planta morre com pouco tempo. E se quem planta morre, o pé cai dias depois.

#Produções da terra#


“O MATUTÊS”
Faltavam menos de dez minutos pra terminar a última aula lá na Escola Municipal “Gentil da Catingueira”, da cidade da Maracutaia, quando D. Vilhelmina passou o trabalho. Dona Vilhelmina era aquele tipo de professora frustrada com a profissão, mas mesmo assim se esforçava pra dar o seu melhor. Em resumo, era melhor do que não ter professora nenhuma.
Ela disse: “O trabalho é sobre as diferentes formas de linguagem no interior. Pesquisem e tragam próxima aula.” Não sei de certo porque, mas algo naquele tema me intrigou, e decidi realizar uma pesquisa bem profunda na própria Maracutaia. Ao chegar em casa fiz meu plano, meu roteiro de pesquisa e comecei no outro dia. Era sábado e fui ao Posto de Saúde e lá encontrei Seu Doquinha e sua mãe Marcionila. Cheguei perto e perguntei: “ veio se consultar Seu Doquinha?.” “Não, vim só acompanhar mamãe”, respondeu. E eu completei: “E a veinha ta doente de quê?” “Rapaz, mamãe ta com uma privacidade medonha.” Estranhei a doença e pedi que me relatasse o diagnóstico do estado de sua mãe.
“Ôme” começou ele, “diz que ta com três dias que se espreme e num sai nem vento, ocê acredita numa privacidade dessas?” entendi que na verdade Doquinha se referia a prisão de ventre, mas nada reclamei. Terminei a conversa e saí de lá achando que tinha encontrado o foco do meu trabalho.
No dia seguinte tinha missa e me dirigi a casa de Deus com o objetivo de encontrar mais conteúdo para o trabalho. Na dita missa o Vigário Mariano pregava para o seu rebanho com o seguinte refrão:
- meus irmãos e minhas irmãs. Se eu tenho fé e vós também tendes fé, vamos juntar nossas fezes e seguir rumo à casa do Pai!
Tocado no fundo por aqueles pensamentos, segui na segunda-feira para o açougue comprar a carne. Seu Nonato conversava com o fazendeiro Dedé sobre um animal que havia matado: “Seu Dedé e a rês? Como é que foi a matança lá?” “rapaz, o trabalho maior foi com o resto do bicho. Tu acredita que tiramo mais de cincos quilos de fatos?”
Na véspera da entrega do trabalho sentia que ainda faltava alguma coisa. Então aproveitei o tempo da política e fui assistir a um comício lá no Riacho dos Gritos. O candidato Zé Rato se vangloriava de sua resistência física e clamava: “Eu to aqui no Riacho dos Gritos desde manhã só com um ovo!” seu Bernardinho do Jogo do Bicho relembrava fatos bastante pessoais do sofrimento de sua infância: Eu me criei aqui na Maracutaia desde pequeno, dormindo em cama de pau duro!”Pedro Golinha terminava atiçando os adversários: Vocês pensa que bota papa na minha língua? Vocês bota é merda!”
Tinha chegado ao auge do meu entendimento sobre o que Vilhelmina pedia no trabalho, mesmo inconsciente. No outro dia, apesar de um tanto ressacado, apresentei-me a turma e versei meu trabalho assim:


No falar do matuto
Outro dia é astrurdia
Alvoroçado é se por acaso
Sentir grande alegria
Caiga é o peso que o jumento
Leva no seu dia-a-dia.

Um colar se chama volta
A cabeça tem moleira
O frango é o galeto
Desinteria é caganeira
Corrida já é carreira.

Até privacidade de ventre
Já teve a sua vez
São palavras engraçadas
Dentro do português
Formando outro idioma
Quem sabe o matutês.
Autor: Bruno Albino

FAMÍLIA CAJÉ

Ano passado comemorava-se 100 anos da estadia da família Cajé no município de Riacho de Santana. A importância deste acontecimento se deve ao fato de que a família Cajé, além de ser um dos maiores clãs da região, ter sido responsável, através da figura da Alexandrina Cajé (1860-1959), por ter doado as terras das principais ruas do município, além de construções importantes, como a capela, o mercado, a escola e o cemitério.
O casal Manoel Cajé da Silva e Maria Alexandrina da Conceição, morava na serra do garrancho, localidade do sítio Cajé, encravado na divisa da Praíba com o RN e o Ceará. Em 1910, eles compraram um terreno, do qual hoje faz parte grande aglomerado de ruas do centro urbano, pelo preço de 900 réis. A casa da família, construída pelo próprio Manoel Cajé, não encontra-se mais em pé.
 José Cajé, nascido em 1897.
João Cajé, nascido em 1904.

Ao todo o casal tinha nove filhos, a saber: Francisco Cajé da Silva, Vicente Cajé da Silva, Primo Cajé da Silva, Maria Cajé, Francisca Cajé, José Cajé, Valentina Maria da Conceição, João Cajé da Silva e Cícero Cajé da Silva. Entrelaçado nos ramos Soares/Aires, chega a surpreender o grande número de descendentes de Manoel Cajé, falecido no final de 1930. Hoje, o legado da família Cajé ensina e faz parte do memorial da cidade santanense.

CASAS CENTENÁRIAS NO SÍTIO POÇO DA PEDRA, RIACHO DE SANTANA

Esta casa foi construída no ano de 1846, por Antônio Barbosa Cavalcante, e atualmente conta com 165 anos de existência. Em 1888, meu trisavô José Alexandre comprou esta casa, e veio morar nela. Atualmente é a edificação mais antiga ainda em pé do município de Riacho de Santana, que se tem notícia. Outra casa muito antiga é a que atualmente residem o senhor Raimundo de Né, que foi construída em 1866.
A casa foi construída na "véspera da seca de 77", por Francisco Barbosa de Lima, casado com Cassimira de Jesus, avós de Raimundo de Né. O casarão é deveras grande, e conta com muitos dos cômodos intactos, preservados pelo senhor Raimundo que conta com 93 anos e mora sozinho com sua esposa, de 90.
Este caixão de madeira ao lado, é utilizado para armazenar arroz há mais ou menos 100 anos, e é de madeira de Pau D'arco, uma árvora quase extinta na região.
Ambas as casas são símbolos da presença da família Nunes/Barbosa em terras santanenses, denotando uma história de quase 200 anos de ocupação territorial no município, tendo como foco, o sítio Poço da Pedra.

PARABENIZAÇÃO

Gostaria de parabenizar meus primos, os irmãos Getúlio e Mércia, e Virgílio Caio, por terem sido aprovados pelo Programa Universidade paera Todos (Prouni). Getúlio e Virgílio foram aprovados para Direito, e Mércia obteve êxito para Fisioterapia.
Parabéns feras, e que vocês sirvam de exemplo para quem quer seguir um caminho no estudo.

Recomendação...

Bem, agora vou fugir um pouco do sentido de blog e recomendar uma outra página na net. A União Colírios BR se dstina a reunir jovens brasileiros estilosos e descolados, e quem está por trás dele são meus amigos pauferrenses Daniel Oliveira e Isabela Fernandes. Acessem aí e sigam, por favor!

 http://uniaocoliriosbrasil.blogspot.com/

HOMENAGEM PÓSTUMA - MARIA ANTÔNIA FERNANDES

Hoje completam-se três dias do falecimento de uma pessoa muito especial, não só para mim, mas para muita gente.
Maria Antônia Fernandes, nasceu com o nome de Maria Antônia da Silva, em 04 de janeiro de 1939, no Alto dos Bernardinos, filha de Antônia Plácida da Silva e João Bernardino de Lima. Ao longo de sua vida, ela trabalhou muito junto ao lado de seu marido, especialmente na administração da capela de São João Batista, durante seis anos. Outro fato a cerca de sua vida, era a atenção dada aos mais necessitados, a quem fez muita caridade ao longo de sua caminhada na terra. Desta extraordinária capacidade de fazer amigos, lhe restaram muitos afilhados.
 Maria Antônia e seu esposo Valdemar tiveram ao todo três filhos, dos quais resultaram oito netos e três bisnetos.
Minha avó faleceu no dia 26 de janeiro de 2011, e deixou pra trás um legado de experiências e vivências, que ensinam nós seres humanos, a criarmos um mundo melhor.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Primeira Postagem - O que é o Blog?

O Blog do Riacho é uma página na internet que visa publicar todo tipo de conteúdo sobre o município, expondo sua cultura, saberes, festas, além de notícias relevantes e outras coisas do tipo.
O blog é destinado à estudiosos e interessados, e por que não dizer, apaixonados por Riacho de Santana.
Para início, nós pretendemos postar algumas imagens e textos sobre a história e cultura locais. Mais tarde chegaremos a fazer entrevistas com personalidades que representem o nosso município.