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CULTURA SANTANENSE

Elementos ricos povoam a imaginação do povo santanense. Não podemos perder nada, tudo deve ser REGISTRADO

sábado, 29 de janeiro de 2011

ÁRVORE "OBOÃ" EXIBE LUXO EM SUA SIMPLICIDADE

 
Estas fotos foram tiradas pelo meu primo Felipe Fernandes, no pé de oboão da casa da minha avó Maria Antônia.
Diz a lenda que se o pé de oboã morrer, quem planta morre com pouco tempo. E se quem planta morre, o pé cai dias depois.

#Produções da terra#


“O MATUTÊS”
Faltavam menos de dez minutos pra terminar a última aula lá na Escola Municipal “Gentil da Catingueira”, da cidade da Maracutaia, quando D. Vilhelmina passou o trabalho. Dona Vilhelmina era aquele tipo de professora frustrada com a profissão, mas mesmo assim se esforçava pra dar o seu melhor. Em resumo, era melhor do que não ter professora nenhuma.
Ela disse: “O trabalho é sobre as diferentes formas de linguagem no interior. Pesquisem e tragam próxima aula.” Não sei de certo porque, mas algo naquele tema me intrigou, e decidi realizar uma pesquisa bem profunda na própria Maracutaia. Ao chegar em casa fiz meu plano, meu roteiro de pesquisa e comecei no outro dia. Era sábado e fui ao Posto de Saúde e lá encontrei Seu Doquinha e sua mãe Marcionila. Cheguei perto e perguntei: “ veio se consultar Seu Doquinha?.” “Não, vim só acompanhar mamãe”, respondeu. E eu completei: “E a veinha ta doente de quê?” “Rapaz, mamãe ta com uma privacidade medonha.” Estranhei a doença e pedi que me relatasse o diagnóstico do estado de sua mãe.
“Ôme” começou ele, “diz que ta com três dias que se espreme e num sai nem vento, ocê acredita numa privacidade dessas?” entendi que na verdade Doquinha se referia a prisão de ventre, mas nada reclamei. Terminei a conversa e saí de lá achando que tinha encontrado o foco do meu trabalho.
No dia seguinte tinha missa e me dirigi a casa de Deus com o objetivo de encontrar mais conteúdo para o trabalho. Na dita missa o Vigário Mariano pregava para o seu rebanho com o seguinte refrão:
- meus irmãos e minhas irmãs. Se eu tenho fé e vós também tendes fé, vamos juntar nossas fezes e seguir rumo à casa do Pai!
Tocado no fundo por aqueles pensamentos, segui na segunda-feira para o açougue comprar a carne. Seu Nonato conversava com o fazendeiro Dedé sobre um animal que havia matado: “Seu Dedé e a rês? Como é que foi a matança lá?” “rapaz, o trabalho maior foi com o resto do bicho. Tu acredita que tiramo mais de cincos quilos de fatos?”
Na véspera da entrega do trabalho sentia que ainda faltava alguma coisa. Então aproveitei o tempo da política e fui assistir a um comício lá no Riacho dos Gritos. O candidato Zé Rato se vangloriava de sua resistência física e clamava: “Eu to aqui no Riacho dos Gritos desde manhã só com um ovo!” seu Bernardinho do Jogo do Bicho relembrava fatos bastante pessoais do sofrimento de sua infância: Eu me criei aqui na Maracutaia desde pequeno, dormindo em cama de pau duro!”Pedro Golinha terminava atiçando os adversários: Vocês pensa que bota papa na minha língua? Vocês bota é merda!”
Tinha chegado ao auge do meu entendimento sobre o que Vilhelmina pedia no trabalho, mesmo inconsciente. No outro dia, apesar de um tanto ressacado, apresentei-me a turma e versei meu trabalho assim:


No falar do matuto
Outro dia é astrurdia
Alvoroçado é se por acaso
Sentir grande alegria
Caiga é o peso que o jumento
Leva no seu dia-a-dia.

Um colar se chama volta
A cabeça tem moleira
O frango é o galeto
Desinteria é caganeira
Corrida já é carreira.

Até privacidade de ventre
Já teve a sua vez
São palavras engraçadas
Dentro do português
Formando outro idioma
Quem sabe o matutês.
Autor: Bruno Albino

FAMÍLIA CAJÉ

Ano passado comemorava-se 100 anos da estadia da família Cajé no município de Riacho de Santana. A importância deste acontecimento se deve ao fato de que a família Cajé, além de ser um dos maiores clãs da região, ter sido responsável, através da figura da Alexandrina Cajé (1860-1959), por ter doado as terras das principais ruas do município, além de construções importantes, como a capela, o mercado, a escola e o cemitério.
O casal Manoel Cajé da Silva e Maria Alexandrina da Conceição, morava na serra do garrancho, localidade do sítio Cajé, encravado na divisa da Praíba com o RN e o Ceará. Em 1910, eles compraram um terreno, do qual hoje faz parte grande aglomerado de ruas do centro urbano, pelo preço de 900 réis. A casa da família, construída pelo próprio Manoel Cajé, não encontra-se mais em pé.
 José Cajé, nascido em 1897.
João Cajé, nascido em 1904.

Ao todo o casal tinha nove filhos, a saber: Francisco Cajé da Silva, Vicente Cajé da Silva, Primo Cajé da Silva, Maria Cajé, Francisca Cajé, José Cajé, Valentina Maria da Conceição, João Cajé da Silva e Cícero Cajé da Silva. Entrelaçado nos ramos Soares/Aires, chega a surpreender o grande número de descendentes de Manoel Cajé, falecido no final de 1930. Hoje, o legado da família Cajé ensina e faz parte do memorial da cidade santanense.

CASAS CENTENÁRIAS NO SÍTIO POÇO DA PEDRA, RIACHO DE SANTANA

Esta casa foi construída no ano de 1846, por Antônio Barbosa Cavalcante, e atualmente conta com 165 anos de existência. Em 1888, meu trisavô José Alexandre comprou esta casa, e veio morar nela. Atualmente é a edificação mais antiga ainda em pé do município de Riacho de Santana, que se tem notícia. Outra casa muito antiga é a que atualmente residem o senhor Raimundo de Né, que foi construída em 1866.
A casa foi construída na "véspera da seca de 77", por Francisco Barbosa de Lima, casado com Cassimira de Jesus, avós de Raimundo de Né. O casarão é deveras grande, e conta com muitos dos cômodos intactos, preservados pelo senhor Raimundo que conta com 93 anos e mora sozinho com sua esposa, de 90.
Este caixão de madeira ao lado, é utilizado para armazenar arroz há mais ou menos 100 anos, e é de madeira de Pau D'arco, uma árvora quase extinta na região.
Ambas as casas são símbolos da presença da família Nunes/Barbosa em terras santanenses, denotando uma história de quase 200 anos de ocupação territorial no município, tendo como foco, o sítio Poço da Pedra.

PARABENIZAÇÃO

Gostaria de parabenizar meus primos, os irmãos Getúlio e Mércia, e Virgílio Caio, por terem sido aprovados pelo Programa Universidade paera Todos (Prouni). Getúlio e Virgílio foram aprovados para Direito, e Mércia obteve êxito para Fisioterapia.
Parabéns feras, e que vocês sirvam de exemplo para quem quer seguir um caminho no estudo.

Recomendação...

Bem, agora vou fugir um pouco do sentido de blog e recomendar uma outra página na net. A União Colírios BR se dstina a reunir jovens brasileiros estilosos e descolados, e quem está por trás dele são meus amigos pauferrenses Daniel Oliveira e Isabela Fernandes. Acessem aí e sigam, por favor!

 http://uniaocoliriosbrasil.blogspot.com/

HOMENAGEM PÓSTUMA - MARIA ANTÔNIA FERNANDES

Hoje completam-se três dias do falecimento de uma pessoa muito especial, não só para mim, mas para muita gente.
Maria Antônia Fernandes, nasceu com o nome de Maria Antônia da Silva, em 04 de janeiro de 1939, no Alto dos Bernardinos, filha de Antônia Plácida da Silva e João Bernardino de Lima. Ao longo de sua vida, ela trabalhou muito junto ao lado de seu marido, especialmente na administração da capela de São João Batista, durante seis anos. Outro fato a cerca de sua vida, era a atenção dada aos mais necessitados, a quem fez muita caridade ao longo de sua caminhada na terra. Desta extraordinária capacidade de fazer amigos, lhe restaram muitos afilhados.
 Maria Antônia e seu esposo Valdemar tiveram ao todo três filhos, dos quais resultaram oito netos e três bisnetos.
Minha avó faleceu no dia 26 de janeiro de 2011, e deixou pra trás um legado de experiências e vivências, que ensinam nós seres humanos, a criarmos um mundo melhor.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Primeira Postagem - O que é o Blog?

O Blog do Riacho é uma página na internet que visa publicar todo tipo de conteúdo sobre o município, expondo sua cultura, saberes, festas, além de notícias relevantes e outras coisas do tipo.
O blog é destinado à estudiosos e interessados, e por que não dizer, apaixonados por Riacho de Santana.
Para início, nós pretendemos postar algumas imagens e textos sobre a história e cultura locais. Mais tarde chegaremos a fazer entrevistas com personalidades que representem o nosso município.